Cinicamente encurtado
Todos os teus amigos escondem a tua incapacidade de te comprometeres, direi melhor, o teu medo.Gostas de te ver como espírito livre, apenas para fugir do facto que és um fantasma tristemente aprisionado, já resignado com o seu destino amargurado e abandonado.
Gostas de sonhar e vestir o fato que sabes nunca poder vir a assumir.
Constantemente descartado/a, cruelmente ao mesmo tempo que escolhida/o, sabes que és um instrumento provisório na vida de toda a gente que encontras, mas...
Gostas de te ver como alguém que é tudo para tudo mais.
Só espero que um dia, em busca de um último companheiro perdido, não encontres só os risos daqueles fantasmas, os vivos, nos quais já não poderás tocar.
Larga o fato-palhaço e deixa-te viver como alguém, como todos nós. Não um morto-vivo que se sabe esquecido mas prefere fazer-se de florido.
sou eu que não sei morrer ou tu que não sabes viver?
2 Comments:
uma existencia assim deve ser frustrante...
oh aquela ultima frase a vermelho...
A grande diferença é que a morte não nos coloca assim tantas perguntas. Chega e é avassaladora.
Gostei do teu texto. Beijos
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