prisoes

Primeiro post...

Sou uma prisão de que fujo a que regresso.
Mas, se se diz que temos tendência a aproximarmo-nos da visão q os outros têm de nós, posso dizer que a minha prisão são os outros...
De qualquer modo, aquilo que somos estará algures entre o que definimos para nós próprios sermos, e o que os outros esperam de nós...
Tendemos a ser, a partir de um certo momento da nossa vida, coerentes connosco mesmo, mas será q o q nos define será isso ou as nossas fugas?Ou será que são as fugas que nos permitem dar mais valor ao que somos?Claro que muitas vezes não damos valor ao que somos, porque a relva do vizinho é sempre mais verde que a nossa...
E chamar aos nossos amigos, no fundo as pessoas cuja opinião valorizamos, nossos carcereiros, é possivelmente um pouco cruel...mas são carcereiros "porreiros", daqueles que nos incentivam a a sair da prisão, por vezes, a ficar nela, noutras e que nos alertam para as coisas vistas de outro ponto de vista sem ser o único que conhecemos na totalidade:o nosso.
É um pouco estranho quando alguém se tenta autocaracterizar, não que não o façamos constantemente, pelo menos para nós, apenas me pergunto como posso eu dizer que eu SOU alguma coisa?conheço o meu ponto de vista sobre o assunto sem dúvida...a minha prisão pessoal tenho-a bem definida. E quando são os outros a defini-la por nós, soa-nos sempre um pouco estranho. Ou seja, não é bem assim...mas, se calhar, se por vezes descermos do nosso pedestal e dermos atenção a outras opiniões sem ser aquela sobre a qual sabemos tudo, pode ser que encontremos nelas pontinhas de verdade...que a pouco e pouco se tornam mantos.
É aquela coisa...o que "somos" estará algures por aí...provavelmente nunca o saberemos...não devemos mesmo ser capazes disso.Afinal, a natureza egocêntrica e, ao mesmo tempo, empática do Homem colidem tanto...e como são uma visão dicotómica, o equilibrio é muito dificil..
Alguém sabe dizer onde começa o céu e acaba o inferno?

posted by Bizarro @ 11:22 AM